sábado, 18 de março de 2017

SE, SE, SE ...


 
 


Se o vento norte chegar traiçoeiro, avassalador, a minha casa derrubar; louvarei a Deus por me ensinar a preciosa lição de praticar o desapego aos bens passageiros.
 
Se os açoites das tribulações sobrevierem sobre mim; me regozijarei por ser digna de participar, também, das aflições, que antes, foram acometidas, muito mais terríveis, ao meu Senhor.
 
Se me esvaio em súplicas, lágrimas, e o silêncio permeia a noite escura de minha alma; relembrarei, sem mais reclamar e murmurar; os últimos momentos vívidos por meu amado Salvador no Getsêmani e no Calvário; locais marcados, sagrados, onde Ele clamou, orou, foi preso, rejeitado, abandonado, ferido, açoitado,  escarnecido, crucificado, sem reclamar,  proferir nenhum revide ou ofensa.
 
Cravado na Cruz a cédula do meu débito impagável, amor incondicional demonstrado, concretizado; sacrifício louvável, sangue precioso derramado, além, muito além, de minha efêmera dor.
 
Se, se , se .... não existirá mais se, se tão somente, finalmente, enxergar o Teu semblante de Servo Sofredor Silencioso, totalmente entregue a vontade soberana de Deus -- Servo obediente, exaltado, Rei Eterno, Triunfante!
 
 
 
 
''Quando, pois, Jesus tomou o vinagre disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.''
 
(João 19:30- grifo meu)