-SERVAMARA-
Escrevo, inúmeras vezes, palavras bem explicadas, bem reveladas, em letras maiúsculas, para perceberes a minha urgência, aflição;
Mas decido não enviar-te esta missiva, e apressadamente, rasgo-a em pedacinhos...
E sopro-as ao vento...
Que inocência, absurda minha, em pensar que o vento será o meu maior aliado, mensageiro tradutor das minhas palavras!
E que antes de entregá-la, acariciará o teu rosto, e sussurrará em teu ouvido bem baixinho...
Saudade, expressada, em palavras ao vento!
Neste momento,
penso em você e então
quisera me transformar em vento.
E se assim fosse,
E se assim fosse,
chegaria agora como brisa fresca
e tocaria leve sua janela.
E se você me escuta e
me permite entrar,
em você vou me enroscar
quase sem o tocar.
Vou roçar nos seus cabelos,
Vou roçar nos seus cabelos,
soprar mansinho no ouvido,
beijar sua boca macia,
o embalar no meu carinho
Mas eu não sou vento...
Agora sou só pensamento e
estou pensando em você.
E se abrir sua janela,
E se abrir sua janela,
eu estou chegando aí,
agora...
neste momento,
neste momento,
em pensamento...
no vento.
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