-SERVAMARA-
Claridade, era o teu nome; quando você surgia no horizonte, eu, aluna pacata, estava a te obedecer, seguir...
Teus passos, mapas, para eu descobrir, desvendar;
A teu lado, caminhos insondáveis, foram palmilhados!
De acordo com teu olhar, a me fitar, sondar...eu me aquecia, e me sentia aconchegada, bem abrigada;
Mas quando você se afastava de mim...as nuvens pesadas, carregadas, prenunciavam a chuva torrencial que viria desabar, justamente, no recôndito secreto do meu ser.
Que tola, eu fui, pensando que pudesse conter a claridade do teu ser, pairando sobre mim, a me amar, abraçar, acolher...
Quando fui perceber, a tua claridade, já pairava sobre outro ser!!!
'...Deveria chamar-te claridade
Pelo modo espontâneo
Franco e aberto
Com que encheste de cor
Meu mundo escuro...'
(Vínicius de Moraes)´
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