sábado, 5 de abril de 2014

O VÉU TÃO TÊNUE




O véu tão tênue, levemente, baloiça de um lado pra o outro; o véu, a adorna, abraça, sem pesar, nem penar.
 
O véu  que esconde o medo de se revelar, sem véu, diante do vento ao léu e passageiro.
 
Os passos não conseguem acompanhar a leveza do véu, a te inspirar a bailar, voar...
 
Uma mão ávida procura outra mão tão distante ainda encoberta; um liame poderoso, e ao mesmo tempo imperceptível, as liga; véu sedoso e macio, intermedia esse almejado tocar bem ligeiro.
 
Olhos encobertos pelo véu, é uma barreira, que não revela a beleza do céu repleto de estrelas irradiando e refletindo o brilho esplendoroso de um olhar.
 
Mal resolvido, sem sentido, o véu sendo o motivo, para esconder o amor nutrido por outro ser!! 
 
 
''O véu desimpedido voa velozmente sob a ação do vento desinibido;  acordando  o idílio que estava ainda adormecido!''
 
 
''Um olhar uma luz ou um par de pérolas
Mesmo sendo azuis sou teu e te devo
Por essa riqueza.''
 
(Trecho da Música de Djavan-
Outono)
 
 
 
 



 













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