sábado, 22 de outubro de 2016

COMO UMA DANÇA INTERROMPIDA QUANDO COMEÇAVA EVOLUIR

 Resultado de imagem para um casal dançando
 
 
 
''Não posso sequer lhe ver o rosto claramente em minha imaginação; no entanto no rosto comum de um estranho em meio a uma multidão de pessoas nesta manhã pode aparecer para mim numa perfeição vívida no momento que fecho os olhos à noite. Não resta dúvida: a explicação é por demais simples. Vimos o rosto dos que mais conhecemos de modo tão variado, de tantos ângulos, sob tantas luzes, com expressões diversas -- acordando, dormindo, rindo, chorando, comendo, conversando, pensando --, que todas as impressões preenchem nossa memória ao mesmo tempo e se anulam num simples borrão; mas sua voz ainda é vívida. A voz lembrada -- que é capaz de transforma-me a qualquer momento num menino chorão''.
 
 
''E, então, um ou outro morre. E pensamos nisso como um amor que foi podado; como uma dança interrompida quando começava a evoluir, ou uma flor com seu botão bruscamente arrancado -- algo mutilado e, portanto, deformado''.
 
 
(Extraído do Livro: C.S. Lewis -- Anatomia de uma dor - Um Luto Em Observação, p. 41, p.71 - grifo meu)
 
 
 
 
 
 
 
 





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