quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

OS OLHOS REPLETOS DE AMOR....


 
 



Oro, clamo, desejo que, o SENHOR nos conceda o discernimento espiritual, ainda que embora tardio, para enxergar o nosso próximo (aliado, amigo ou antagônico, rival e algoz) a face de Deus resplandecendo no seu ápice de beleza e  graça em Cristo Jesus. Eu desejo também  que tenhamos humildade e amor suficientes para nos inclinarmos perante ao nosso próximo como aquele, aquela, que serve, ama, honra, e sempre se sacrifica em prol do seu bem estar duradouro; tendo a plena certeza que esse relacionamento, comunhão íntima, profunda e verdadeira perdura por toda a eternidade.
 
Compartilho com vocês os versículos, que relatam um dos mais belos e marcantes momentos bíblicos -- o reencontro entre Jacó e o seu irmão Esaú; e sempre que, o releio, sou muito edificada; desejo que, estes estupendos exemplos de ambos nos inspirem a praticá-los, com muita sabedoria os santos desígnios do SENHOR, em nossos relacionamentos, em nossas interações, mesmo diante dos nossos aparentes desafetos.
 
''Levantando Jacó os olhos, viu que Esaú se aproximava, e com ele quatrocentos homens. Então, passou os filhos a Lia, a Raquel e às duas servas.
 
Pôs as servas e seus filhos à frente, Lia e seus filhos através deles e Raquel e José por últimos.
 
E ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se  à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão.
 
Então, Esaú correu-lhe ao encontro  e o abraçou; arrojou-lhe ao pescoço  e o beijou; e choraram.
 
[...]
 
Mas, Jacó insistiu: Não recuses; se logrei mercê diante de ti, peço-te que aceites o meu presente, porquanto vi o teu rosto como se tivesse contemplando o semblante de Deus; e te agradaste de mim.''
 
 
(Gênesis 33:1-4, 10 - grifos meu)
 
 
Para  reflexão e aprimoramento...
 
 
AMOR
 
 
 
Este texto é de uma exposição do Salmo 45.
 
 
 
Se eu, profundamente apaixonado por alguém, começar a descrever com grande entusiasmo o que tem sido imperceptível ou ignorado desse alguém todos estes anos, algumas pessoas certamente irão me criticar dizendo, ''O amor é cego''. Com isso, querem dizer que o amor diminui a minha  capacidade de enxergar o que está de fato ali, de modo que a fantasia, feita sob medida para se encaixar em meus desejos, possa ser projetada sobre outro e assim torne aceitável como amante. O desdobramento cínico é que se isso acontecesse, se eu enxergasse o outro verdadeiramente, eu nunca me envolveria. Por quê? Porque todos são, de fato, completamente antipáticos, quer visível ou invisivelmente, ou, em alguns casos particularmente infelizes ambos. O amor não enxergar a verdade, cria ilusões e nos incapacita de lidar a dura realidade da vida.
 
O ditado popular, no entanto, está errado como na maioria das vezes estão os ditados populares. O ódio cega. O hábito, a complacência e o cinismo cegam. O amor abre os olhos. O amor capacita a enxergar o que esteve ali o tempo todo, mas foi ignorado na pressa e na indiferença. O amor corrige o astigmatismo de modo o que foi distorcido pelo egoísmo agora pode ser visto com apreço. O amor cura a miopia de maneira que o que era apenas um borrão do outro agora está focado, de modo maravilhoso. O amor cura a hipermetropia de forma que as oportunidades para a intimidade não são mais ameaças borradas, e sim convites abençoados. O amor olha para aquele que não tinha ''forma ou graça que olhássemos para ele, e nenhuma beleza para que o desejássemos'' e enxerga nele o ''mais formoso dos filhos dos homens...ungido com o óleo da alegria sobre seus amigos''.
 
Se pudéssemos ver o outro como ele é, não haveria ninguém que não víssemos como ''o mais formoso...todo perfumado com mirra, aloés e cássia''. O amor penetra nas defesas que foram construídas para proteger contra a rejeição, o desprezo e a depreciação, e enxerga a vida criada por Deus para o amor.
 
 
Se eu der tudo o que tenho aos pobres e até mesmo for para a estaca a fim de ser queimado como mártir e não amar, não cheguei a lugar nenhum. Assim, não importa o que eu diga, no que creia, e o que faça, estou falido sem amor.
 
1 Coríntios 13.3
 
 
 
 
(Extraído do Livro: '' Um Ano com Eugene Peterson - meditações diárias para uma vida centrada em Deus- 13 de fevereiro, p.54-55, Editora Palavra)
 
 

 
 
 
 

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