segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

DILUÍDO



Diante do canto da cotovia que inspirou

Imergiu sobre a água tão cálida

Lentamente foi embalada e quase dormitou

Um atento olhar observou a nuvem passageira esmaecida

Ímpeto de transcender em pensamento balbuciou

Desejo expresso de ser apenas uma gota plenamente contida

Osmose perfeita entre mim e o  lago reflexo do sol que irradiou.

 



'As pessoas parecem aguadas [...]
 Passam correndo e esfuziantes por nós todos os dias,
 Mas numa espécie de estado diluído'.
 
(Dostoievski)





 
 
 
 
 

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