Meu devaneio matinal, apenas palavras ofertadas a um desconhecido qualquer; meditando comigo mesma...como os seus olhos são belos, esmeraldas reluzentes tão profundas, como o lago que jamais ousaria a me banhar; a sua face é levemente sulcada pelas doces brisas de uma floresta, que eu nunca me esgueiraria ou teria coragem de desvendar...
Prefiro não olhar novamente a tua face, pois ela é tão bela que chega me assustar, diante da minha inabilidade de te admirar; enxergar as inúmeras possibilidades de sua grandeza insondável de ser; apenas um devaneio, bruma revelada através de uma face encantada de um desconhecido que eu queria conhecer sem me revelar; prefiro ser apenas a sua leitora assídua, ardorosa fã de sua sensibilidade e primorosa escrita.
Ah, como eu queria sempre te olhar mais uma vez, ilustre desconhecido...espairecer a minha alma, na tua alma intacta, sem nenhuma mácula, sem ainda ser revelada, nem afagada por meus pueris devaneios ...
'A mente adora imagens cujo significado é desconhecido, uma vez que o próprio significado da mente é desconhecido'. (René Magritte)
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