Me detenho a escrever sobre o encontro de um casal de apaixonados fictício que pode ter acontecido ou ainda pode acontecer...
Como poderia imaginar que à sombra da Cruz fosse o local perfeito para te encontrar, conversar, me declarar.
Os teus olhos brilham, como as estrelas, quando à sombra da Cruz reflete a sinceridade do teu sentimento nutrido por mim sem palavras.
As nossas mãos tateiam e se encontram, à sombra da Cruz, nos relembrando de outras mãos ensanguentadas, perfuradas injustamente, encravadas pelos grilhões.
À sombra da Cruz, somos ambos intimamente tocados, ao percebermos e termos aceitação da preciosa verdade legada pelo perfeito sacrifício de Cristo, o nosso Salvador: Amar é se entregar totalmente; sofrer até o fim pelo ser amado!
Quero, à sombra da Cruz, o nosso amor imolar!
Nos despojarmos de tudo; e finalmente sem apegos, pesares ou medo de partir, nos despedirmos à sombra da Cruz!
À SOMBRA DA CRUZ
''Jim Elliot escreveu um diário que foi publicado e comentado por sua esposa Elisabeth, após a morte dele. Um dos seus trechos é impressionante e recomendo a leitura a todos os noivos e casados, para uma autoavaliação.
Nele é mencionado um passeio que fizeram durante o qual declararam seu amor um ao outro:
Sem nos preocuparmos para onde íamos, passamos por um portão que estava aberto e acabamos entrando em um cemitério. Sentamo-nos sobre uma mureta e Jim explicava que ele me havia oferecido a Deus, mais ou menos como Abraão ao fizera com seu filho Isaque. Eu me assustei--pois exatamente a mesma figura estava me acompanhando durante alguns dias, quando eu pensava sobre nosso relacionamento. Ambos tínhamos a opinião que nosso caminho foi determinado por Deus. As vidas de ambos pertenciam totalmente a Ele e, se fosse do seu agrado, aceitaria e utilizaria essa ''oferta''. Assim, não queríamos colocar a mão sobre ela para buscá-la de volta para nós. Não havia mais o que comentar.
Estávamos sentados, em silêncio, enquanto anoitecia. De repente observamos que a lua havia nascido às nossas costas e projetado a sombra de uma grande cruz sobre nós.
A data dessa noite está anotada no hinário de Jim, ao lado da seguinte estrofe:
''E se quiseres que eu renuncie àquilo
Que é precioso para mim,
Então tome-o--ainda que não era meu!
Apenas entrego o que sempre foi Teu!
Seja feita a Tua vontade!''
(Extraído da citação do Livro: Elizabeth Elliot, Eine harte Liebe, op.. cit., p. 105; do Livro: '' O Amor é Pecado? De Wolfgang Bühne- p. 95 e 96).
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