quarta-feira, 29 de outubro de 2014

À SOMBRA DA CRUZ

 
 
 
Me detenho a escrever sobre o encontro de um casal de apaixonados fictício  que pode ter acontecido ou ainda pode acontecer...
 
Como poderia imaginar que à sombra da Cruz fosse o local perfeito para te encontrar, conversar, me declarar.
 
Os teus olhos brilham, como as estrelas, quando à sombra da Cruz reflete a sinceridade do teu sentimento nutrido por mim sem palavras.
 
As nossas mãos tateiam e se encontram, à sombra da Cruz, nos relembrando de outras mãos ensanguentadas, perfuradas injustamente, encravadas pelos grilhões.
 
À sombra da Cruz, somos ambos intimamente tocados, ao percebermos e termos  aceitação da preciosa verdade legada pelo perfeito sacrifício de Cristo, o nosso Salvador: Amar é  se entregar totalmente; sofrer até o fim pelo ser amado!
 
Quero, à sombra da Cruz, o nosso amor imolar!
 
Nos despojarmos de tudo; e finalmente sem apegos, pesares ou medo de partir, nos despedirmos à sombra da Cruz!
 
 
 
 
À SOMBRA DA CRUZ
 
 
''Jim Elliot escreveu um diário que foi publicado e comentado por sua esposa Elisabeth, após a morte dele. Um dos seus trechos é impressionante e recomendo a leitura a todos os noivos e casados, para uma autoavaliação.
 
Nele é mencionado um passeio que fizeram durante o qual declararam seu amor um ao outro:
 
Sem nos preocuparmos para onde íamos, passamos por um portão que estava aberto e acabamos entrando em um cemitério. Sentamo-nos sobre uma mureta e Jim explicava que ele me havia oferecido a Deus, mais ou menos como Abraão ao  fizera com seu filho Isaque. Eu me assustei--pois exatamente a mesma figura estava me acompanhando durante alguns dias, quando eu pensava sobre nosso relacionamento. Ambos tínhamos a opinião que nosso caminho foi determinado por Deus. As vidas de ambos pertenciam totalmente a Ele e, se fosse do seu agrado, aceitaria e utilizaria  essa ''oferta''. Assim, não queríamos colocar a mão sobre ela para buscá-la de volta para nós. Não havia mais o que comentar.
 
Estávamos sentados, em silêncio, enquanto anoitecia. De repente observamos que a lua havia nascido às nossas costas e projetado a sombra de uma grande cruz sobre nós.
 
A data dessa noite está anotada no hinário de Jim, ao lado da seguinte estrofe:
 
''E se quiseres que eu renuncie àquilo
 
Que é precioso para mim,
 
Então tome-o--ainda que não era meu!
 
Apenas entrego o que sempre foi Teu!
 
Seja feita a Tua vontade!''
 
 
(Extraído da citação do Livro:  Elizabeth Elliot, Eine harte Liebe, op.. cit., p. 105; do Livro: '' O Amor é Pecado? De Wolfgang Bühne- p. 95 e 96).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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