Hoje quero compartilhar com vocês um tocante relato de minha querida filha ''Bel'', que há três dias atrás encontrou um indefeso filhote de sanhaço todo verdinho; e se ela não estivesse atenta, poderia ter o atropelado, pois ele inocentemente estava no meio da pista, próximo a portaria da entrada do nosso condomínio; minha filha não só viu o passarinho, mas enxergou o pequeno ser que estava em sua frente, necessitando de seu carinho, da sua atenção e maior cuidado; nesse momento ela foi movida por extrema compaixão por ele, tanto que o levou imediatamente para nossa casa; e compartilhamos juntas momentos raros com o passarinho, pois além de cuidarmos dele, nos revezamos na sua alimentação; e ainda observamos o quanto os animais são solidários entre si, pois temos um amado gatinho chamado ''Tiquinho'' e ele também acolheu muito bem o seu novo amiguinho; ele só ficava observando e queria ficar pertinho do passarinho, onde ele estava, o gatinho ia atrás dele, como se ele fosse o seu irmãozinho mais novo, o protegendo também.
Foram apenas dois dias de convivência entre nós, mas foram momentos marcantes, pois pude observar o quanto podemos conviver harmoniosamente entre espécies diferentes de animais, e entre o ser humano e os animais, basta apenas ter uma compaixão apurada entre nós, um querendo ajudar o outro, um estendendo a mão para o outro, o que está caído, agonizante...
Como Albert Einstein propôs que deveríamos expandir o círculo de compaixão; não só por seres humanos, mas por todos animais, pela natureza, pelo nosso planeta; esse círculo sempre começa e termina em nós; nós somos a compaixão revelada, exemplificada, praticada, compartilhada, irradiada e contagiante.
Também fiquei meditando que minha filha parou o carro para não atropelar um minúsculo passarinho e já tem outras pessoas que atropelam outro ser vivo, e nem presta socorro, nem tampouco ajuda, nem muito menos tem compaixão por uma pessoa que muitas vezes está agonizando em virtude de sua imprudência, dirigindo em alta velocidade, avançando um sinal, e o mais grave dirigindo completamente embriagado; como recentemente foi amplamente divulgado pelos meios de comunicação, um motorista dirigindo com um corpo de um homem que ele atropelou por vários quilômetros; como se ele estivesse totalmente cego, e que aquele homem em cima do capu do seu carro fosse apenas um boneco de cera que não tivesse vida, sangue, amor, sentimentos, familiares...
Depois ainda dizem que somos racionais e os animais considerados irracionais, e eles que são feras e nós somos civilizados!
Agradeço a Deus pela vida de minha amada filha, uma alma sensível, tão cheia de amor e compaixão pelos animais; pois não é a primeira vez, que ela traz animais feridos, doentes e debilitados para a nossa casa; e o melhor disso que ela os recupera e os liberta para viverem ao ar livre, na natureza. Também agradeço a Deus por ter nos proporcionado momentos felizes em companhia do amado passarinho que nem deu tempo de o denominarmos com um nome carinhoso e cheio de afetividade.
''Um dia feliz ás vezes é muito raro'', como escreveu sabiamente, Jota Quest, na letra de sua música ''Fácil''; mas ele é raro porque nesse momento amamos e estamos totalmente entregues a esse amor, e a compaixão é o elo que fortemente nos liga ao outro ser!
Para vocês, com todo o meu carinho e o meu apreço, o relato de minha filha ''Bel'':
''Encontrei esse lindo filhote de sanhaço verde no meio da pista, e quase o atropelo. Imediatamente parei o carro e resgatei o bichinho. Após DOIS DIAS de muito cuidado, bastante banana, melão, maça, pêra, melancia e água ele começou a voar pela casa, ainda que desajeitadamente. Porém, ele estava infeliz e inquieto, cantava desesperadamente o dia inteiro chamando a mãe. Deixava-o solto pela casa, não usei gaiola nenhuma. Mas mesmo assim, o bichinho parecia estar triste. Fiquei no maior dilema e angústia: Ficar com ele em casa por mais uma, duas semanas ou um mês até que a asa traseira crescesse mais e ele pudesse voar melhor ou tentar encontrar os pais dele enquanto ele ainda cheirava à folha e os pais ainda se lembravam dele. Decidi arriscar, mas com o coração na mão. Soltei o filhote em um coqueiro bem alto e fiquei por duas horas em pé aguardando que os pais dele aparecessem e quando eu já estava perdendo as esperanças e entrando em desespero, eis que aparece a mãe do passarinho e ele começa a bater as asinhas e voa atrás dela, logo em seguida eles pousam em outra árvore e parecem conversar, a mãe alimenta-o e logo em seguida aparece o pai do filhote. E os três voam juntos! A cena mais linda que já vi em minha vida! Louvado seja Deus por tudo ter aparentemente terminado bem! Muitos anos de vida a esse filhote de sanhaço apressadinho! LUGAR DE PASSARINHO É NAS ÁRVORES, LIVRE!''
Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? Mateus 6:25-26
- “Jovem: sabia que a sua geração não é a primeira a aspirar por uma vida plena de beleza e de liberdade? Sabia que todos aqueles que o precederam sentiam no coração aquilo que você sente hoje e que depois foram vítimas do ódio e da infelicidade? Sabia que todos aqueles desejos ardentes que você possui somente vão se realizar se você for capaz de exercer amor e compreensão pelos homens, animais, plantas e estrelas, de tal forma que cada alegria será também sua alegria e cada dor também sua? Jovem, abra os olhos, o coração, abra as mãos e fuja daquele veneno que seus antecessores sugaram avidamente da História. Só então o mundo inteiro há de se tornar a pátria de todos vocês, e seu trabalho, seus esforços, se espalharão como bênçãos sobre a Terra”. (Albert Einstein)
- “Nossa tarefa deveria ser nos libertarmos… aumentando o nosso círculo de compaixão para envolver todas as criaturas viventes, toda a natureza e sua beleza.” (Albert Einstein)
- “Nossa tarefa deveria ser nos libertarmos… aumentando o nosso círculo de compaixão para envolver todas as criaturas viventes, toda a natureza e sua beleza.” (Albert Einstein)
'Todas as almas nobres têm como ponto comum a compaixão. (Frederich Von Schiller)
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