terça-feira, 12 de julho de 2016

BEIJAR PODE MATAR A ALMA E O CORPO DE OUTRO SER SEM AMAR!

 
 
 

 
Hoje, vou abordar e escrever sobre um tema fascinante que todos nós apreciamos muito, tanto receber como ofertar: o beijo!
 
Quem não aprecia beijar os seus filhos, os seus netinhos, os seus familiares, os seus entes amados, os seus amigos. Na Palavra de Deus é relatado vários encontros memoráveis, nos quais são descritos, irmãos se abraçando, se beijando; pais abraçando e beijando os seus filhos, avós beijando os seus netinhos; amigos se abraçando e se beijando. Também, os beijos podem ser selados em reencontros e em despedidas (Gênesis 33:4; 48:10; 1 Samuel 20:41; 2 Samuel 14:33; Rute 1;14; Lucas 15:20; Atos 20:37)
 
''José beijou a todos os seus irmãos e chorou sobre eles; depois, seus irmãos falaram com ele''.
 
(Gênesis 45:15)
 
O beijo é tão sublime, importante e imprescindível,  que ele é retratado em um versículo bíblico como a união das virtudes espirituais que se encontram e se beijam harmoniosamente no futuro Reino Messiânico.
 
''Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram''.
 
(Salmos 85:10)
 
Também é exaltado e ressaltado o reinado de Cristo, o Ungido de Deus,  no Salmos 2, em um versículo muito especial, quando o salmista exorta através de uma maneira simbólica que devemos beijar o Filho para agradá-lO, demonstrando, com esse gesto, o nosso amor, a nossa adoração, e total obediência, consagração e submissão aos Seus santos desígnios.
 
''Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho''.
 
(Salmos 2:12)
 
Somos exortados, em Provérbios 7, quando o beijo pode ser usado como instrumento maligno para atrair como um laço apertado e sufocante uma pessoa -- Um beijo malicioso e mal intencionado, pode ser o início das práticas abomináveis contra a Deus; como por exemplo, uma mulher que é casada  e flerta abertamente com um colega solteiro no trabalho, e posteriormente, marca um encontro com ele;  e o começo do adultério se inicia com um beijo bem demorado; despertando, em ambos, desejos insaciáveis e execráveis. Essa situação é descrita com extremo realismo em Provérbios.
 
''Aproximou-se dele, e o beijou, e de cara impudente lhe diz...''
 
(Provérbios 7:13)
 
Podemos citar o beijo, quando, é um gesto gritante de traição; como forma de demonstração de deslealdade, de inimizade,  de repúdio, com a maneira de se comportar de outra pessoa; como aconteceu com Judas quando traiu o seu amado Mestre, e o primeiro sinal de sua atitude abominável foi beijando o SENHOR, e a partir desse beijo, Ele foi reconhecido, levado preso, para sofrer as inúmeras atrocidades até a Sua crucificação e morte (Mateus 26:48,49; Marcos 14:44).
 
Entretanto, o beijo pode ser ofertado mesmo para uma pessoa que nos rejeite, nos menospreze e nos traia;  podendo ser o prenúncio do céu para quem o recebe e reconhece o estrondoso amor demonstrado por atos, palavras e gestos, Jesus Cristo beijou ternamente o seu algoz com apenas uma indagação; e Judas, naquele momento, nem se comoveu, nem se arrependeu da abominação praticada contra um inocente; alguém quem só legou amor, paz, verdade, lealdade, VIDA! Mas ele, por livre escolha, optou, que o beijo ofertado (a palavra) pelo  SENHOR se tornasse fel, prenúncio do inferno, morte! 
 
''Falava ela ainda, quando chegou uma multidão; e um dos doze, Judas, que vinha à frente deles, aproximou-se de Jesus para o beijar. Jesus, porém lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?''
 
(Lucas 22:47,48 )
 
Agora, me detenho a retratar o beijo quando é ofertado como uma forma respeitosa e singela, quando conhecemos alguém, e quando se inicia um relacionamento, que desde o início, nutrimos um imenso afeto que pode se transformar em uma amizade, e depois um namoro, e se aprofundar os laços afetuosos e sinceros, se transformando em um verdadeiro amor, e culminando na apoteose do casamento.
 
Não posso deixar de citar uma história de amor retratada na Bíblia que aprecio muito que é a de Jacó e Raquel; e no primeiro encontro deles, Jacó beijou respeitosamente Raquel, a sua parente, demonstrando e não escondendo a sua emoção, ele até chorou.
 
''Feito isso, Jacó, beijou a Raquel e, erguendo-se a voz, chorou. Então, contou a Raquel que ele era parente de seu pai, pois era filho de Rebeca; ela correu e o comunicou a seu pai''.
 
(Gênesis 29:11, 12)
 
E Jacó amou a Raquel, a partir daquele momento, e trabalhou 7 anos para tê-la como esposa em seus braços; creio, tenho certeza, que ele trabalhava arduamente, no sol fustigante, na chuva, no frio, em qualquer situação; almejando, sonhando,  a olhando de longe, a admirando, a respeitando, antevendo o momento, que finalmente,  poderia beijá-la ardorosamente como mulher. Antes disso, ele não ficou beijando na boca de Raquel; atiçando lenha no fogo, despertando desejos impróprios em ambos; desagradando a Deus. Mesmo tendo inúmeras oportunidades, podendo até forçá-la a beijar, abraçar, e até mais outras intimidades. Mas ele foi um homem digno, honrado, e trabalhou os sete anos por muito amá-la; para Jacó, o tempo passou como um sonho bom que nunca terminou (Gênesis 29:20).
 
Lendo, meditando sobre os versículos bíblicos que abordam sobre o beijo, sobre beijar; percebo que todo o tempo, o Espírito Santo nos alerta a sermos puros, decentes, sem defraudar, nem se deixar ser defraudado. O beijo na boca provoca desejos ilegítimos para namorados e noivos; desejos que não podem ser saciados, sem se cometer iniquidades contra Deus!
 
Jacó esperou chegar aquele grandioso dia para que pudesse beijar a sua amada esposa Raquel. Salomão esperou o dia do casamento para beijar a sua primeira esposa Sulamita.
 
''Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do que vinho''
 
(Cântico 1:2)                 
 
Nós precisamos nos purificar, voltar a inocência, não importa a idade que temos agora; nem quantas pessoas já beijamos indevidamente; e até praticamos iniquidades com elas. Se nos arrependemos sinceramente o Sangue de Cristo Jesus nos limpa, nos purifica de todas as injustiças cometidas; e temos uma nova chance de ir na contramão do mundo; que banalizou a singeleza do primeiro beijo ofertado pelos nubentes na cerimônia do casamento, no leito imaculado!
 
Eu me regozijo, pois sei que têm homens e mulheres de Deus, que resolveram obedecer os Santos desígnios do SENHOR, e se resguardarem, não beijarem na boca, ou em qualquer locais inapropriados antes de casar. O Espírito Santo nos ajuda, nos fortalece, nos inspira a dizer: Não! Contra o beijo na boca, e todas as iniquidades que poderão sobrevir a partir daí. E graças a Deus, eu faço parte dessas pessoas; abdiquei de ser escrava da carne, alguns anos atrás!  Não, pela minha força, e sim, pelo poder de Deus, em Cristo Jesus; A Trindade habita em sintonia dentro de mim.
 
Creio, que podemos, também, nos inspirar nas exortações do apóstolo Paulo quando ele nos conclama a trocarmos ósculos santos entre os irmãos. Então devemos enxergar o nosso namorado, a nossa namorada; o nosso noivo, a nossa noiva, como irmãos e irmãs em Cristo. Eles são, elas são, independentemente dos vínculos afetivos que temos com cada um deles (1 Coríntios 16:20; 2 Coríntios 13:12; 1 Tessalonicenses 5:26).
 
''Saudai-vos uns aos outros com ósculos santos. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam''.
 
(Romanos 16:16)
 
Oro, clamo, desejo imensamente, que todos nós, enxerguemos a face do nosso próximo mais próximo como a Face de Cristo; então sentiremos um grande temor de Deus em ter o ímpeto, a ousadia ou a insanidade de querer macular tal face.
 
Vamos zelar, ter cuidado com a alma e com o corpo do ser amado; não seja a nossa mão que o empurra para o abismo sem fim. E pensar que toda queda, pode se iniciar a partir de um beijo na boca...
 
Beijar pode matar a alma e o corpo de outro ser sem amar! (Mateus 10:28)
 
Enquanto, não for sacramentada a união do casal; eles devem ter um relacionamento respeitoso, harmonioso -- as suas conversas, as palavras proferidas entre ambos trarão vida, verdade e regozijo; e eles sentirão que as palavras edificantes, verdadeiras são como beijos nos lábios; mesmo, muito antes, dos beijos serem selados, concretizados na realidade. (Provérbios 24:26)
 
 
 
 
 
 
 
 

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