Não se nega ao sedento um copo de água; e a orientação, como ele pode encontrar a fonte que jorra sem parar.
Não se nega ao peregrino um abrigo, um abraço, uma acolhida.
Não se nega ao perdido o mapa, a imediata orientação de direção; legar a ele o sorriso, a gentileza e a atenção.
Não se nega ao aflito a conversa, o consolo e a ajuda.
Não se nega ao ferido desvalido, ao doente, a assistência, o cuidado, a prestimosidade.
Não se nega a alguém que não consegue enxergar, nem se ambientar, os gestos, os toques, as palavras.
Não se nega ao amigo a presença, o afago, o carinho, o aconchego e o afeto.
Não se nega ao caído a mão estendida, que o ajuda a se levantar.
Não se nega ao próximo o amor; mesmo ele sendo contumaz rival, antagonista ou algoz; reflexo vívido, de tudo que você não que mais ser; mesmo assim, tem o dever de transcender e acolher.
Não se nega a si mesmo a imensurável chance de apenas SER amoroso, benigno, carinhoso, compassivo; sem obter ecos, anuências, recompensas, reciprocidades, ressonâncias ou aplausos!
''A tragédia está nos olhos de quem observa, e não no coração de quem sofre''.
(Ralph Waldo Emerson)
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