segunda-feira, 16 de setembro de 2013

UM DETALHE DESCONEXO



Um detalhe, dentro de tantos outros mais; ele me induzia a matutar,  observar;  fragmento de uma porção maior;  que eu não conseguia encaixar em nada que eu tinha visto antes;  um som melodioso entoava, sem me dar tempo de aprimorar em encontrar um rosto ímpar, dentre uma multidão, de outros tantos rostos.

Fiquei a me indagar...'por que esse, e não aquele!?';  justamente um detalhe desconexo me fez  perseverar nessa busca;  sem lupa, não encontrei a resposta pra esse enigma.  

E a escolha não foi feita com os  meus olhos, mas com o meu sensor interno, que me dizia:  'você encontrou, de novo,  o aconchego, a sintonia que você tinha com seu amado pai';  só não me avisou que a perda era iminente e galopante;  a queda fragmentou, em  mil pedaços, a criança que clamava chorando, outra vez, o colo do pai, do amigo;  em outro rosto refletido, no vazio, de um detalhe desconexo perdido, escondido.

 


 










Nenhum comentário:

Postar um comentário