Escrevo cansada, vivaz escrevo; escrevo entristecida, alegre escrevo; escrevo sem rumo, andando pelo caminho, escrevo, me encontrando; escrevo a realidade, sonhos, irrealidades pra mim mesma, eu escrevo; escrevo absorta, desatenta escrevo; escrevo adormecida, sonhando também sou acordada, compelida a escrever; escrevo em todas estações, mas em especial, com mais ardor na Primavera, nela escrevo com mais vigor, o perfume das flores fica impregnado nas minhas mãos; escrevo para bendizer e exaltar a Deus, angustiada escrevo, buscando ouvir a Sua soberana vontade ao meu respeito.
Escrevo me revelando, me escondo escrevendo; escrevo chegando, partindo escrevo com lágrimas nos olhos; escrevo respirando, me sufoco escrevendo, a minha escrita me salva, mais uma vez, com o ar puro de novo; escrevo a cada amanhecer, anoitecendo escrevo, me servindo de inspiração a bela lua cheia alumiando e alimentando fartamente os meus devaneios...
Escrevo sem sentido, impetuosamente, o sentido que habita em mim!
Será que alguém, mesmo assim, pode encontrar algum sentido no que eu escrevo?
'O escrever não tem fim'. (Fedro)
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