sexta-feira, 16 de agosto de 2013

ALIMENTANDO O LEÃO ALGOZ



Ah!,  em uma só abocanhada, o leão dilacerou as entranhas de sua presa indefesa; agonizante o sangue dela se esvaiu pelo chão...e o garboso leão ficou passeando ao redor dela; salivando diante da visão de sua iminente morte, agonia.
 
O seu maior desejo foi realizado, a irresistível cobiça teve fim; o seu canibalismo urrou mais forte, mais uma vez;  agora é partir em busca de uma nova conquista, presa.

Como começou essa história tão triste e macabra; ela começou na nossa mente, nós mesmos, alimentamos o leãozinho, dando amor, carinho, atenção e afeto;  não mandando ele ir embora.

Como isso ocorre???

Quando alimentamos os maus pensamentos, as cobiças, as luxúrias, os adultérios, as pedofilias, as pornografias, as iras, as idolatrias, os furtos,  as deslealdades, etc.

Criamos e damos vida ao leão feroz, algoz, a ilusão de uma ovelha; ele cresce, bem esperto e sadio, e faz os maiores estragos na nossa vida; depois nos abocanha; e parte faceiro, pra outra vítima, sem olhar pra trás.

Quem  é esse leão??

É o maligno que usa os seus artifícios, artimanhas, inúmeras máscaras, disfarces; pra  bramir na nossa frente, despertando o nosso interesse, afeto, atenção , desejo, cobiça....

Deixo um texto que aborda sutilmente esse tema que estou escrevendo...

Seja esperto (a), ALERTA, a ilusão do pobre indefeso leãozinho ferido, perdido....
 
Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;  1 Pedro 5:8
 
 
 UM CONTO DA ÍNDIA ANTIGA
 
Quatro filhos de um rei estavam questionando a qual especialidade dedicariam seus estudos. Eles diziam um ao outro: "Vamos sair pelo mundo e aprender uma ciência especial". Assim decidiram e, após terem concordado em que lugar se encontrariam de novo, os quatro irmãos partiram, cada um numa direção diferente. O tempo passou, e os irmãos se reencontraram no lugar combinado e perguntaram uns aos outros o que haviam aprendido.
 
"Eu dominei uma ciência", disse o primeiro, "que me permite, se eu nada tiver, a não ser um pedaço de osso de alguma criatura, criar imediatamente a carne que o acompanha." "Eu", declarou o segundo, "sei como fazer crescer a pele e os pêlos dessa criatura se houver carne sobre seus ossos." O terceiro disse: "Eu consigo criar seus membros se tiver carne, pele e pêlos". "E eu", concluiu o quarto, "sei como dar vida á criatura se sua forma estiver completa".
 
Então os quatro irmãos foram a floresta para procurar um pedaço de osso e poder demonstrar suas especialidades. Como o destino quisesse, o osso que encontraram era de leão, mas eles não sabiam disso e o pegaram. Um acrescentou carne ao osso; o segundo fez crescer sua pele e seus pêlos; o terceiro completou-o com os membros; e o quarto deu vida ao leão.
 
Sacudindo sua pesada juba, a besta feroz ergueu-se com a boca ameaçadora, os dentes afiados e as garras impiedosas e pulou sobre seus criadores. A fera matou todos e desapareceu satisfeita dentro da floresta.
 
Retirado do livro "O Sofrimento que Cura" de Henri Nouwen
 
 
 
 
 
 

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