O vento leva a folha a percorrer uma distância inimaginável; leve, solta, em seus braços, ela se entrega confiante ao seu bailar, viajar...
A ilusão do apego se esvai, quando a folha continua a existir quando se aquieta no chão de um outro porto, de um novo lugar; sem a força motivadora, a ação do vento.
O apego é fabricador de ilusões, e quem quer o real deve ser desprendido. Tão logo sabemos que uma coisa é real, já não podemos estar apegados a ela. O apego não é outra coisa senão a insuficiência no sentimento da realidade. Somos apegados à posse de uma coisa por acreditarmos que, se deixarmos de possuí-la, ela deixará de ser”. (Simone Weil em Gravidade e Graça).
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