Preencho o meu vazio, solidão, delírios alucinantes, na penumbra da noite; me esparramando, me derramando na minha escrita; não importa o vômito que mancha o papel; e o lixo que sai fresquinho, sem ser pão, na surdina do alvorecer; até consigo assustar, e depois atrair os urubus, pelo cheiro da carniça, que exala da minha escrivaninha; mas o meu maior objetivo é atrair os insanos leitores, as incautas leitoras....
Quero contaminá-los com a raiz daninha que devasta o meu jardim, minha vida; quero que eles salivem, compartilhem o estrume, o excremento, que tanto aprecio e me deleito.
Me intitulo como poeta, e me esqueço, por tantas vezes, do real motivo da minha existência, vida; esqueço que os dons são ofertados por Deus; desvirtuo essas bênçãos, presentes; e prefiro exaltar os manjares malignos ofertados na obscuridade.
E contagio com a minha luxúria fúnebre; que exalta a morte do espírito; e a exaltação da carne; a ilusão de ser homem ficou esquecida no meu primeiro devaneio, na primeira poesia erótica, sensual, banal, carnal, bestial, belial.
Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Ef 5:6
'É tão fácil ser poeta, e tão difícil ser homem'. ( Charles Bukowski)
Nenhum comentário:
Postar um comentário