sábado, 17 de agosto de 2013

CHUVA, A SOMBRA DO SOL



Chuva fina, chuva grossa; chuva de açoites, chuva de granizos, que pode ferir, machucar, marcar; chuva intensa, intermitente, que provoca ciclones, tromba d'água, que atinge e modifica a minha vida; chuva abençoada que irriga, sara a terra, finda a seca; chuva que toca o meu rosto, chuva  que molha os meus cabelos, chuva que lava o meu vestido, sem precisar alvejar, passar;  chuva, gota que cai na minha boca e sacia a minha sede; chuva que é cúmplice de minhas lágrimas, me acompanha  em  qualquer lugar; chuva que não marca encontros, ama imprevistos, surpresas, sem capa, nem abrigo, chega pra celebrar, alegrar.
 
Chuva, em todas estações, dilúvio sem avisar; assim como vem, assim vai...
 
Chuva,  a sombra do sol, que derrama a sua intensidade em outro lugar; chuva que provoca engarrafamentos, desencontros; chuva que inspira aos namorados, a se abraçarem, agasalharem; chuva que é o motivo pra postergar o inadiável, o encontro consigo mesmo e com o seu próximo, que ensopado, sem  guarda-chuva, anseia, lhe encontrar.
 
Chuva machuca corpo sem chuva, eclipsado a tua oscilante manifestação, não posso me inspirar, devanear!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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