Eu ando de bicicleta, sigo pela estrada sem saber onde ela vai me levar, desembocar; o vento me embala, guia, o sol me aquece, os passarinhos me inspiram e cantam pra mim uma doce melodia; não perco mais a cadência, nem o molejo, me equilibro com maestria; a lua me inspira a perseverar nesse roteiro, aventura.
Não evito as lombadas, nem as quedas, os joelhos arranhados são deliciosos troféus; aumento a força das minhas pedaladas, e chega logo na ladeira, que desço em disparada; fecho os olhos nessa deliciosa brincadeira; estou pairando, sorrindo, livre, estou indo algum lugar, alcançando o meu alvo....
E quando abro os meus olhos, sou a sombra da criança de outrora, e meu amado pai me espera sorrindo e me ofertando um presente, uma nova bicicleta, logo a bicicleta Caloi azul que eu tanto almejava.
O meu sonho virou realidade, sem ainda ter, chegado o Natal.
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