O cicerone não se importa de ser apenas um guia turístico, um mapa de extrema precisão, pra uma turista desavisada numa terra estranha; um cicerone não se importa de ser tostado, ao sol, em pleno calor do meio- dia; ele não sossega enquanto não encontra acomodação digna de uma rainha; um fiel cicerone é como um cão de guarda, sempre está de prontidão, para os desejos, os caprichos da desbravadora itinerante.
O cicerone quase não dorme, ele sonha, imagina, planeja, com os mínimos detalhes., os recantos invioláveis que ele quer desvendar ao lado da inquieta, insaciável turista...Que sempre está em busca de revoadas, oscilações.
O cicerone quer se extasiar vendo a estranha turista abocanhando delicadamente os quitutes apetitosos de sua terra; ele não se importa de ser apenas o tapete que ela pisa ao acordar, se espreguiçar...
O cicerone é extremamente pontual, se ele pudesse chegava de véspera; pra não perder, o único minuto, ao lado de sua exigente e tão melindrosa mulher; espécie rara, que ele nunca viu de tal modo igual.
Enfim, o cicerone desde que a intrigante turista chegou; se revolve em múltiplas faces, trejeitos; anda sob um delicado fio suspenso; ele apenas quer ser como um passarinho que pousa, repousa sobre ela; pra sempre fazendo um ninho ao seu lado; ser enigmática volátil...
Sempre ansiosa, a partir...
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