É tão bom trabalhar, e ao mesmo tempo brincar com a chuva; depois de tanto tempo, de fustigante calor, uma grandiosa bênção, a chuva.
Deixar de lado a sombrinha, e sentir a chuva me acariciando, inspirando; o cheiro de terra subindo pelas minhas narinas, e me impregnando toda; terra mãe, terra fêmea, terra fértil, terra que te quero mais terra; fazendo eu diminuir os meus passos; devanear, sonhar, me sentindo um pouco como Gene Kelly, dançando, pairando sobre as nuvens; me sentindo como a única mulher doida, em plena terça-feira, observando a doce magia da chuva, a me encantar, contagiar.
Me fazendo de chuva, uma poça para o bem-te-vi, o único companheiro de minha aventura, se alvoroçar e tomar o seu banho matinal; por alguns minutos ser apenas uma gota que se esvai pela rua para o mar...
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